Músicos, seu papel, formação e lugar na música, mercado e sociedade: é disso que este post irá tratar.

Neste post vou falar sobre 3 pontos:

  • Formação do músico;
  • Papel do músico no mercado;
  • O músico como artista.

Que os músicos são fundamentais para o acontecimento artístico que a música proporciona em nossas vidas, isso não é novidade, mas o que talvez seja novidade é como, do lado de cá do balcão as coisas acontecem.

Estou me referindo à pessoa que gosta de música por hobby, tendência, vocação, influência e se aventure a aprender música, seja lá qual for o motivo.

Neste sentido o futuro músico a futura musicista (este termo é errado é?) passará por processos próprios e comuns da categoria de músicos no Brasil.

Eu como músico amador, tenho algumas observações a este respeito no pouco tempo que tenho dentro da área e vou levar algumas situações que vejo no cenário do mercado, no meio, formação e tendências que enxergo.

Vem comigo, vai ser legal! 🙂

Formação do músico

Existem cursos livres de música, os conservatórios e existe a graduação em música, com habilitações específicas.

No Brasil e especificamente no ensino básico a música ainda não é uma realidade concreta, apesar de a BNCC em Arte traz a habilidade de música a verdade que o ensino da música é um mar de opções por si só e precisa ser disciplina à parte.

Nos conservatórios que ganham este papel de suprir a demanda do ensino da música na rede pública eu vejo que há um foco principalmente no quesito teórico, técnico e prático porém falta a parte delicada deste processo que é o músico como artista, explico.

Os conservatórios (que conheço) focam muito na técnica execução e esquecem a parte de alma da coisa, a música como produto ancestral do ser humano, trabalhar percepção, não só de notas, mas de sentimentos, sentidos, além é claro de ampliar o repertório (normalmente parco) do aluno(a).

Sim, é verdade que temos excelentes professores de música e canto em conservatórios, com boas formações e que conduzem um excelente trabalho, mas este padrão alto está longe de ser uma realidade.

Alguns educadores musicais não só de conservatório como do ensino superior dotados de ego ou sei lá o quê – talvez sua posição institucionalizada de poder – não aceita crítica, readaptação no modo de ensino, na grade entre outros fatores que melhoraram e muito o ensino da música no país.

Em suma, a formação de músicos no Brasil é boa mas pode ser excelente se o ensino formal a trouxer para o contexto em sala de aula, teríamos mais músicos culturalmente conscientes, não apenas um freelancer que executa um job no fim de semana ou toca uma peça sazonal, o que nos leva ao próximo tópico deste artigo.

Papel do músico no mercado

Antes de mais nada, deixemos claro que um músico é um artista, dotado de sensibilidade, cultura, experiências, sensações e que a música e seu instrumento são meios dos quais utiliza para expressar-se e comunicar-se com outras almas.

Podemos usufruir uma música pelos sentidos apenas, pelo intelecto, pelo coração ou um mix disso tudo.

No cenário musical brasileiro popular e no erudito o músico executa sua função de criar a música, o som que será a base de um canto ou instrumental e cada qual seja em uma banda ou em um corpo de cordas de uma orquestra sabe e executa com perfeição e maestria seu papel.

No entanto para estar ali o músico se prepara muito bem, estuda muito, executa, experimenta, testa e por fim ensaia a peça seja lá qual for ela, esta é uma característica conhecida sobre músicos e instrumentos musicais estudados: estudo, estudo e mais estudo e quando cansar, mais um pouquinho de estudos!

O problema surge quando os músicos são relegados a segundo plano como se fossem simples e puramente executores de música e isso é um absurdo, a base da música em que um cantor ou cantora se apresenta é a alma da canção, a voz o brilho.

Neste sentido, trabalhos artísticos de qualquer segmento devem respeito aos músicos.

É evidente que dependendo do gênero ou estilo musical essa lógica muda, mas no geral, o músico fica de preto, no fundo e sem destaque, só executando o que foi pago para fazer.

Isso é um absurdo, os artistas de frente de palco que dão ênfase à sua banda normalmente o fazem pela grandeza com a qual entendem o papel deles no todo da coisa, conforme comenta o Leandro do canal Leandro Voz, um professor que analisa cantores e que também é músico, aprendo muito com ele, super recomendo.

Meu professor de violão, o Lucas Chitão da Fama Instituto de Música em muitas de nossas conversas dizia que você aprende a técnica, as regras mas que na hora de criar, compor se expressar isso se torna secundário.

Excelente professor, o Lucas, tinham aulas que eram mais conversas do que prática e isso me enriqueceu muito como músico amador, por fim, vamos ao último tópico do assunto músico.

Papel do músico no mercado

Pelo exposto aqui que tem mais minha opinião pessoal e experiências através da minha pouca vivência no mundo da música é que considero importante o papel do músico para a música, mas acima de tudo para as pessoas.

Se você pensar em grandes festivais vai perceber que houve um grande trajeto até ali, cada linha tocada, cada arranjo e rearranjos, tudo conta nesta hora e todo o processo passa pelas mãos de músicos, compositores, maestros e por aí vai.

Mas trazendo para o contexto mais próximo, quando vamos a um bar, uma praia e lá tem alguém tocando para a gente, percebemos a grandeza e importância que uma pessoa que toca, canta e se apresenta tem.

Como é gostoso sentar em um dia frio em volta do fogueira com alguém que canta, toca e diverte a gente… Nos transportamos para outras dimensões porque a música fala com nossa alma.

Para concluir gostaria de lembrar que em outros países a música é parte da cultura das pessoas desde a tenra idade, daí você ouve e vê o nível de competência musical daquele país.

É cultural é deles, mas aqui podemos fazer o mesmo, o Brasil não é um país atrasado musicalmente, pelo contrário, nossos índios já eram musicais, nossos irmão da África idem, o que dizer dos imigrantes?

Nossa música é complexa, rica e diversa, coisa que lá fora é difícil de se ter, dependendo do país, somos objetos de estudo com a nossa Bossa Nova e Samba lá fora.

Ou seja, precisamos como brasileiros formalizar em nossa base o que já é nosso, do nosso DNA, o brasileiro é musical por natureza.

 

O processo de incentivo, valorização já existe mas é pouco, precisamos de mais, aqui são alguns pontos que observo neste contexto, existem outra variáveis que ficaram de fora como a riqueza da nossa rítmica, o universo de estilos que convivem lado a lado (e nem sempre em harmonia) e que podemos explorar, coisa rica e única, típica da nossa latinidade.

 

Enfim, sigamos em frente, somos todos músicos.

Nossos músicos são excepcionais, por tudo isso, repensemos sobre o nosso papel como músicos, porque como brasileiros, somos músicos natos.

 

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Escrito por conscienciando
Conscienciando é um blog que traz consciência através de artigos sobre diversos campos do conhecimento e experiência humano.