A jornada do héroi
A vida parece ser explicada pelo mito do herói, ou seja: aquele aventureiro e desbravador que sai da tribo, abre caminhos, mapeia o mundo e no fim das contas volta para a tribo trazendo a contribuição das suas aventuras.
Nascemos dependentes, motor, psíquico, financeiro e emocional dos nossos cuidadores.
Depois de um tempo crescemos e saímos de casa, e buscamos, projetamos, estudamos, implementamos, conquistamos o mundo e tudo o mais.
E então vem a decantação da idade sossegando as nossas energias, ouvimos coisas como: trintei, não quero visitas, só sofá e Netflix.
Daí vem as dores no corpo, a beleza já não é mais tão lá estas coisas, mas a sabedoria e experiências, ah! Essa sim parece estar em dia, daí falamos: já pensou eu com 20 e com essa bagagem?
O final da vida parece um retorno à infância: fragilidade, dependência emocional e física e às vezes financeira.
Acredito que na infância ou na velhice o nosso espírito está mais próximo de Deus.
Herói, faça pausas, sente na grama à sombra de uma árvore para beber água fresca e contemplar sim o que já percorreu e se alegrar que ainda tinha lenha para queimar.
Porque no final, como diz Raul: tudo acaba onde começou, na letra de Meu Amigo Pedro.
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