De manhã o sol toca meu rosto
De manhã o sol toca meu rosto
Minha boca, de café tem gosto
Uma música cantarola agora
Na minha mente de aurora
Sentimentos ocultos
Em músicas desnudas
Troco arte por dinheiro
Sentimentos por poemas
Mais pra tarde o sol esquenta
De repente é de noite
O frio vem de novo
De dentro ou de fora?
Frio de fora pra dentro
Vento frio de dentro pra fora
O perigo da solidão me apavora
O silêncio da solitude me consola
O cheirinho de café me transporta
Pro agora do meu corpo e de mente
Me sinto quente, como que no ventre
Mas de repente me projeto pra fora
Fora de mim, da respiração
Do pulsar ritimado das minhas células
O dia a dia me chama, ô diagrama!
O dever me chama
Ah, deixa de besteira
Pare com essa romanteza
Pra quem vive na pobreza
Hoje é só mais uma maldita segunda-feira
A tristeza da falta de levesa
Trazida pela brisa matinal
E frio de oito graus
Frio infernal, sentimento matinal
Mentalmente presente
Sentimentalmente ausente
Incompletas e curtas respirações
Cavadas com estímulo de épocas coloniai
Largue de besteira, é mais uma segunda-feira
Deixe de se besta e pegue sua inchada
Mesmo que uma inchada intelectualozada
Você é parte da massa, com graça ou desgraça
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