Mediocridade terrena
Estamos aqui, estamos a ca
Estamos lá e aqui
E hora ou outra nos divertimos
Mas tem horas, que olha?!
Puta merda, meu!
É ums saco ser humano
Estar mundando
Aqui e ali andando
Hora existencialismo barato
Papo raso de bar
Buraco raso pra chorar
Clamar por mazelas
É uma cova rasa
Onde me esfrego
Me apego
Me desconecto
Me desapego
Deixo de fora meu ego
Me apego a ele
Como imã no ferro
Desapego
Desespero
Medo
Aterro
Disgraça de emprego
Emprego em ser e estar
Fuleiro, matreiro ou
Quem sabe bem faceiro
Não sei…
Qual máscara usar hoje?
Qual personagem me ocula hoje
Qual brisa me afasta de mim hoje?
Eu volto à mim no fim do dia
E não testou lá
Nem sou eu quem saí de casa
Será que sou eu quem vai retornar?
Merda! Que aula chata!
Meu corpo pede dança e canto
Minha carne quer descanso
Outra parte quer catarse
Mas uma carteira assinada
Me condiciona e me espera
Lá na frente
Onde o agora me amarra
Por hora é só
Estou presa
Em mazelas
Terrenas de partes de mim
Que eu mesma desconheço
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