O homem e o divino
O homem e o divino: olhando para nós mesmos e para o modo como vivemos como homens e mulheres contemporâneos, é tão padrão notar que estamos desconectados de nós mesmos.
Parece que nada nos satisfaz, não estamos no aqui e no agora, nos estressamos, ficamos com medo, ansiosos, depressivos, confusos…
Vamos à lugares onde o celular é mais importante que o momento, conecatdos à rede de computadores, desconectados de si e do entorno.
Estamos perdidos?
Qual é a parte da humanidade que falta em nós?
O quê de humano perdemos no meio do caminho?
O que nos faz sentir calmos, em paz, serenos e centrados?
De onde vem a nossa verdadeira alegria e vontade de viver?
Para ser feliz, do que precisamos?
São perguntas fundamentais e tenho um palpite que pode nos levar a excelentes reflexões, vem comigo!
Estou no 5º semestre de psicologia na Universidade Cruzeiro do Sul em São Miguel Paulista em São Paulo – SP e em todos estes semestres, em discussões filosóficas, sociológicas e científicas sobre o lugar da Psicologia na sociedade a questão do poder econômico das instituições aparecem.
Ao questionar o currículo de uma instituição de ensino, centro de pesquisa, abertura, fomento e ampla participação dos entes sociais no fazer ciência, fica evidente que há preferências por correntes, linhas de pesquisa, teorias em detrimento à outras.
Mas por quê?
É bem simples: o poder instituído escolhe ou delimita rigidamente seus valores para a atuação de uma determinada ciência, tecnologia, teologia, psicologia ou qualquer ramo do fazer humano de acordo e em concordância com seus objetivos econômicos.
Enfrente o limiar destas fronteiras e você terá problemas como: não ser um aluno aceito em programas de especialização, mestrado e doutorado, não conseguirá fazer iniciação científica, não dará aulas em determinadas faculdades e por aí vai.
É o famoso estar no mundo e não ser do mundo.
Historicamente, ciência e religião colidiram e o massacre resultante gerou uma cisão entre Igreja e Cientistas e isso perdura até hoje, veja Descartes…
Porém, por sua natureza o homem é espiritual, racional e social (e tudo que disso decorre), assim, esta separação à época do Iluminismo gerou uma lacuna, um hiato dentro do ser humano em que até hoje pagamos um alto preço, explico:
Recentemente entrei em contato com cientistas que em suas carreiras negaram este poder do sistema citado acima, a exemplo dos professoras da Cruzeiro que me confirmaram as barreiras de ser psicólogo no Brasil e suas relações com mercado de trabalho, ensino, pesquisa e divulgação desta nova ciência (sim, a Psicologia é um bebê).
A froteira do conhecimento é para poucos, infelizmente
Voltando aos autores que citei, eles descobriram em suas pesquisas no campo da Física (a mãe das demais ciências) a que tenta explicar a realidade última do Universo e suas interações conosco, que o materialismo sócio-histórico defendido pela ciência atual está totalmente equivocado.
A nova física, chamada de Mecânica Quântica, trouxe há mais de 200 anos questões sobre a realidade que desafiam a lógica e o entender materialista: de que tudo é fixo, material e palpável.
Pois bem, estes cientistas que descobriram esta fronteira, tiveram suas vidas postas em cheque, uma vez que tiveram que escolher: pesquisar e divulgar a verdade ou submeter-se à estas instituições de poder controladoras que mantém a população leiga na ignorância, no sentido de não conhecer a verdade.
Esta nova física traz implicações práticas na filosofia de vida do homem contemporâneo como: sua relação com o outro, com a natureza e com a realidade última que o cerca.
E isso é perigoso para o sistema.
Existe uma correlação direta com os conhecimentos da Física Quântica de fronteira com místicos orientais, tribos primitivas de diversos países.
Estes conceitos ditos espirituais nada mais são do que leis universais que só agora, há 200 anos atrás, a nossa ciência (não tradicional) começou a elucidar.
Te pergunto: um conhecimento que traz harmonia ao homem e sua relação com o planeta, é de interesse do sistema?
Um programador, ateu, trabalhando com T. I. e que acredita estar construindo uma sociedade justa, porque seus valores se assemelham com estas ideias de mercado de progresso e construção…
Talvez o homem nem desconfie que verticalmente é um escravo e horizontalmente é um zumbi.
Por mais honesto, ético e honrado segundo os pretextos sociais vigentes você esteja, há grande possibilidade de estar, no fundo da consciência, no frigir dos ovos, como se diz fazendo estas perguntas surgem:
Mas é sobre o quê essa competição, correria e falsa meritocracia?
A quem realmente sirvo?
Qual é o meu propósito construindo essa carreira e plano de vida?
No fim, estou só?
Mesmo social, o objetivo, percursos e fim termina em mim, no meu corpo, cérebro e consciência?
Era tudo sobre mim ou era sobre o que semeei aos meus semelhantes enquanto corria e competia?
O que é a consciência?
Um conhecimento de física que implica na filosofia de vida do homem moderno competitivo, violento e cruel é interessante a estas estruturas de poder?
Eu me peguei no banho pensando sobre os porquês de os ricos e milionários terem práticas espirituais como meditação e outras religiões orientais, enquanto que o pobre é dividido entre: evangélico e católico, já considerando as exceções.
Porque é que a classe intelectual, cultural e financeira brasileira possuem práticas milenares orientais, africanas e de sociedades de outras eras e a massa massa está presa em dogmas que mais têm a ver com leis de uma instituição poderosa chamada Igreja do que com ensinamentos do Mestre Nazareno Jesus Cristo?
Não é estranho como este circo está montado?
Como é que um ameríndio vive em paz e harmonia, cultua sua arte, dança, música, caça, costumes e rituais de modo a viver em paz, conectado com a harmonia, o fluxo divino da vida que está nele mas não se encerra nele, extrapola o eu com e minúsculo e transcende ao cosmos, natureza, animais, minerais…?
Não é estranho a você esse nível de paz e sofisticação que chamamos de tribais, bárbaros?
Vejam, Isaac Newton era super místico, mas isso ficou de fora dos livros da escola, seu lado espiritual, transcendental fora perdido, esta parte não interessava ao poder, só o sólido movimentos dos corpos celestes…
Ora, quantos livros ficaram de fora da bíblia dita sagrada? O famoso cânon deixou muita coisa de fora, você pode ter ideia disso pesquisando por escrituras apócrifos no Google, ou pegando o livro Pistis Sophia para ler…
Enfim, há evidências de que o sistema não quer o homem conectado consigo mesmo, porque esta conexão divina, espiritual ou transcendental o acalmaria, pois saberia a enorme potência que ele é.
Não a potência bélica do ego, mas a potência que Jung chama de Integração, quando o ser central e se percebe parte de tudo, do Eterno, da natureza, que seu semelhante e ele são a mesma coisa, uma pessoa centrada e calma, paz e luz e imensidão.
Esse ser não precisa de produtos, financiamentos, não vive na ansiedade, depressão ou dúvida, muito menos medo…
Tudo o que o capitalismo ou qualquer forma de economia baseadas no medo produz.
Ao que parece, a energia densa gerada pelo medo, dor e sofrimento humanos valem mais do que o dinheiro físico, para o sistema opressor aqui concretizado em forma de religião, economia e política.
Mas afinal, o quê somos nós?
Aqui trouxemos alguns pontos para reflexão, não há respostas ou soluções prontas, tu deves buscar dentro de ti responder a estas questões que são íntimas, particulares e super importantes e que quem controla o circo conhece muito bem. Pensa, reflete e age.
Quem ganha quando você se desconecta de si mesmo(a) e sofre?
Este sistema baseado no medo, dor, sofrimento, angústia e terror está com os dias contados.
Na luz do amor do Todo.
Sugestão de livros (Professor Hélio Couto):
O universo auto-consciente. Amit Goswami. Ed. Aleph
O Campo. Lynne MacTagart. Ed. Rocco
A ciência e o campo Akashico. Ervin Laszlo.
Mentes Interligadas. Dean Radin. Ed. Aleph
O mundo dentro do mundo, John D. Barrow, Gradiva.
Pontos de mutação na Saúde, Wallace Liimaa, Aleph.
Las constantes de la naturaleza, John D. Barrow, Crítica.
El libro de la nada, John D. Barrow, Drakontos.
El salto del tigre, John D. Barrow, Crítica.
El Universo como obra de arte, John D. Barrow, Critica.
A dança dos Mestres Wu Li, Gary Zukav. Ece editora.
“A realidade quântica”, Nick Herbert, Ed. Francisco Alves.
“O Tao da Física”, Fritjof Capra, Cultrix.
“Quantum”, Mankit Kumar, Ed. Kairós.
“El enigma cuántico”, Bruce Rosenblum y Fred Kuttner, Ed. TusQuets.
O tao da física”, Fritijof Capra
“Evolução elegante”, David Lapierre
“Entendendo Teoria Quântica”, J.P.McEvoy e Oscar Zarate, Ed. Leya.
“O Átomo”, Jean-Paul Auffray
“O FIM DO MATERIALISMO”, Charles T. Tart, Cultrix.
“Por que Amamos, A natureza e a química do amor romântico”, Helen Fisher, Ed. Record.
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