Polarização e resolução de conflito
Polarização e resolução de conflitos
Outro dia, dois colegas de forma descontraída comentaram que estão me achando negacionista…
Estamos passando por problemas 360º em nossas vidas: educação, política, economia, religião, tecnologia, ciência, sociologia, psicologia… Tudo está sendo reescrito, a História está se fazendo bem diante da nossa existência.
Percebo que na angústia do momento nós procuramos por afago, aceitação, pertencimento, paz no processo de resolver nossas questões conosco e com o mundo em que vivemos.
É muito comum o conflito neste processo e a polarização ao meu ver atrapalha muito no equilíbrio das coisas, vou exemplificar:
Lados políticos precisam existir para que o equilíbrio social aconteça, uma sociedade de um lado só tende ao autoritarismo e ditadura, a História estrangeira e nacional já deixou marcas bem sangrentas disso.
No entanto, onde há atividade humana há conflitos de lados e mesmo dentro desses lados há conflitos, porque o ser humano é conflituoso em sua essência (corre aqui Freud!) só para citar uma corrente de análise do ser.
Daí meus colegas professores falam: “Ah! Mas você tem que se posicionar!”. Mais ou menos.
Tudo o que leio, ouço, assisto e vivo me influencia de algum modo e ultimamente tenho buscado o caminho do meio em tudo.
É um processo contínuo e longo que não tem respostas tão imediatas como eu gostaria que tivesse, buscar a saúde mental e física, se interiorizar, se auto conhecer, buscar o equilíbrio entre mente, corpo, coração e alma é um rolê que faz muito sentido no meu atual processo de vida.
Neste caminho, perde totalmente o sentido eu querer tomar partido brigando em redes sociais ou discutindo, e cá pra nós, fazemos isso o tempo todo, mesmo cônscios desse mal haha
Daí posições muito arbitrárias como direita e esquerda, ateu vs religiosos, espiritualidade vs religião, ciência vs espírito, Bolsonaro x Lula/PT, assistir TV ou não, ver TV e BBB (Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973)) ou ler um livro…
Tudo isso cansa e há um caminho do meio, hoje tenho preferências baseadas em um caminho diferente do polarizar-se.
É super importante tomar consciência do problema e agir na solução, não é viver em uma bolha ou mundo particular, mas também não é ficar reagindo a toda cagada que um político ou empresário ou celebridade faz na semana.
Equilíbrio e ação!
Por exemplo: se você chama alguém de bolsominion ou esquerdopata, estes termos por si só já fecham o diálogo e não há debate que vá chegar a um consenso.
“Ah Gil! Mas eu não quero papo com gente como essa!”
Então, daí é que vem a questão do equilíbrio, uma pessoa “como essa” pode ser pai de aluno(a), pode ser cliente, seu chefe, o pastor da sua igreja, um familiar ou na pior das hipóteses, ela é uma pessoa que pensa e sente como você, um ser humano… Daí tu terá perdido “a chance” de aprender algo.
Porque buscamos o prazer e fugimos da dor, por isso a zona de conforte é extrema, só aceito os iguais, o diferente que se foda!
Então como viver num mundo de iguais sendo que a realidade se mostra choque o tempo todo? Faz sentido para você viver num mundo de robôs iguais? Pense aí…
Pois bem, no choque a ganho de informação para ambos os seres, o conflito mesmo que não se chegue a uma conclusão lógica, racional ou prática vai gerar informação: como me conter, como evitar discutir, como me controlar, como ouvir, etc. etc. etc., como viver, né?!
Por último gostaria de dizer que eu tenho sim minha posição filosófica bem definida, minhas questões políticas bem definidas, meu modelo de mundo e as minha prática como cidadão e ser único estão cada vez mais alinhadas ao meu jeitão de ser.
Se não sei algo ou se não concordo com alguém ou me falta repertório para lidar na prática com algo, eu pesquiso, leio, assisto filmes e documentários que me levarão a por em prática um comportamento mais harmonioso com o próximo.
Não quero ficar odiando as pessoas por elas não serem como eu, não terem a mesma vivência, acessos, oportunidades ou facilidade que tive e nem as culpo pela posição de poder, status social que obtiveram.
Militar algo para mim é ignorar o que não me atrai e investir no que acredito: arte, educação, espiritualidade, psicologia, humanidade…
Um professor precisa ser político e o político precisa ser professor, ambos são cargos de poder com objetivos diferentes é claro e cada um com os seus problemas dificuldades e problemas.
Se você não gosta de um político, apoie um rival que pensa como você, acho perda de energia ficar atacando que está no poder de maneira errada, quando deveria mover ações mais práticas e satisfatórias na hora de cobrar do que “xingar no Twitter”.
Como sou professor, já vi muito colega militar no Facebook e na hora que o sindicato chama para uma manifestação na rua ou greve o professor(a) pula fora! Hahah
É disso que estou falando, ser o que pensa e sente. Isso é muito difícil!
Ser o que você pensa e sente e não o que você apenas fala, e aí me incluo.
Fazer, estudar e ajudar é mais proveitoso para mim hoje e faz mais sentido do que ser conhecido por ter posições firmes e convictas.
Todo dia vou melhorando estes pontos aqui citados, não cheguei a perfeição, mas tô curtindo o rolê.
Talvez você vá me ver agindo em desconformidade com o que defendo aqui e está tudo bem, porque sou complexo, adaptável e em constante estado de mudança e adaptação.
Eu sou humano experimentando ser humano.
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